Prefeitura de Macaé anuncia decreto para desapropriação de área visando ampliação do NUPEM/UFRJ

POLÍTICA
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A Prefeitura de Macaé anunciou que o prefeito Welberth Rezende (CIDADANIA) deve assinar, nos próximos dias, a desapropriação de um terreno para ampliar o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O decreto, que será elaborado pelo procurador geral do município, Fabiano Paschoal, visa aumentar o espaço do NUPEM, instituto multidisciplinar que abriga cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento da UFRJ.

O anúncio foi feito após uma reunião do prefeito com o procurador que aconteceu nessa quinta-feira, 20, na sede do NUPEM, e contou com a presença da vereadora Iza Vicente (REDE), da diretora e do vice-diretor do instituto, Cíntia Monteiro de Barros e Fábio Di Dario.

Segundo a prefeitura, a comitiva visitou o Museu da Biodiversidade, área que será desapropriada, e o Laboratório de Doenças Emergentes e Negligenciadas, e outros setores do NUPEM, inclusive os que estão sendo finalizados para inauguração, e tratou do tema e da possibilidade de trazer os cursos de Biomedicina e Oceanografia para o local.

“Agora é a hora de expandir a universidade aqui. Quanto mais cursos trazemos para cá, é um legado. A ideia do município é desapropriar uma área próxima para avançar e construir mais laboratórios para o NUPEM. Tenho certeza que vamos ter nos próximos anos um mega complexo universitário para atender Macaé e o país”, comentou o prefeito.

De acordo com o procurador Fabiano Paschoal, a área que será desapropriada pelo futuro decreto do prefeito é formada por alguns lotes que somam 13 mil metros quadrados (m²) e que fica localizada em frente ao NUPEM.

“Desta forma a Procuradoria vai dar andamento ao processo de desapropriação dos lotes que totalizam cerca de 13 mil m²”, contou Fabiano Paschoal.

Ainda durante o encontro, Welberth Rezende mencionou que a prefeitura tem interesse direto em poder progredir com a universidade, com uma doação de um terreno para a UFRJ, que conta com 500 pesquisadores em Macaé.

“O NUPEM colocou a necessidade de mais espaço físico para avançar a universidade e queremos ajudar. A ideia seria a prefeitura desapropriar e doar para a universidade para que possa expandir. Temos 500 pesquisadores da UFRJ morando em Macaé, que foram importantes no trabalho contra o Covid (sigla, em inglês, para Coronavirus Disease), fomos a melhor cidade de combate ao coronavírus graças a essa parceria com a UFRJ, que tem que continuar, e vamos continuar apoiar no investimento em ciência e tecnologia”, definiu Welberth Rezende.

Também presente à reunião, a vereadora Iza Vicente analisou a relação entre desenvolvimento econômico e a ciência, pesquisa e tecnologia, reforçando a importância do NUPEM no trabalho realizado na cidade.

“As pesquisas que o NUPEM desenvolve são fundamentais para o município e é importante a expansão do laboratório de ciência e pesquisa”, avaliou Iza Vicente.

Diretora do NUPEM, a neurocientista pós-doutora, Cintia Monteiro de Barros, informou que o instituto disponibiliza os cursos de Licenciatura e de Bacharelado em Ciências Biológicas, além de 4 pós-graduações dentro de programas como Ciências Ambientais da Conservação, Ciências Fisiológicas, Mestrado Profissional em Ambiente, Saúde e Sociedade.

“A prefeitura tem sido parceira na formação e desenvolvimento do nosso instituto, e pretendemos expandir nossas ações na região, desenvolvendo ensino de excelente qualidade, seja relacionado ao meio ambiente ou à saúde, como observamos na pandemia do Covid”, confirmou Cintia Monteiro de Barros.

A importância da parceria entre a prefeitura e a UFRJ, através da atuação do NUPEM, no combate ao coronavírus, também foram apontadas pelo prefeito de Macaé como fatores importantes para ampliar a parceria com a instituição.

“A referência da cidade com expressivo desempenho frente ao combate do Covid, a testagem em massa, e a rapidez dos resultados, estão diretamente relacionadas à parceria com o NUPEM, e vamos ampliar e continuar com a parceria”, reforçou Welberth Rezende.

Segundo a diretora do NUPEM, o local onde atualmente funciona o Laboratório de Combate ao Covid, em breve será migrado para Laboratório de Doenças Emergentes e Negligenciadas, em estrutura em fase final de conclusão.

“Fizemos 15 mil testes de diagnóstico molecular em uma época que nem os laboratórios faziam para identificar quem tinha Covid. Dávamos o resultado em 24 horas e, por conta disso, houve um melhor prognóstico da doença no município”, explicou Cintia Monteiro de Barros.

A diretora do NUPEM lembrou ainda que os principais equipamentos do laboratório são o leitor de micoplasma, que faz análises inflamatórias, de citocinas, de produção de anticorpos, além equipamentos de lavagens das placas, centrífugas refrigeradas para centrifugar sangue e PCR em tempo real.

“Hoje fazemos pesquisa do Covid, fazemos a vigilância genômica, pesquisando as novas variantes na população. Por enquanto, só vemos circulando a ômicron, mas estamos sempre buscando novas amostras para verificar se novas variantes surgem”, contou Cintia Monteiro de Barros.

Além dos trabalhos realizados para a detecção do coronavírus, o NUPEM trabalha também em pesquisas sobre eficácia da vacinação para identificar quantas doses serão necessárias para a imunização, além das pesquisas sobre as sequelas da infecção do coronavírus, que são realizadas em parceria com o Centro de Acolhimento e Reabilitação de Pacientes Pós-Covid (CARP).


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